Fernanda Rute Barros

Neta, Bisneta e Trineta de lavradores, a terra e as suas gentes sempre foram uma componente muito forte e presente em todo o meu processo de desenvolvimento.

É óbvio que a educação e todo o contexto educacional vivido por mim teve e tem o seu peso na construção da minha identidade, porém os aspectos relacionais e emocionais dos pares e da família assumem o princípio vital. O factor X, que mais importância teve para a compreensão do que é ser Mãe, Filha e Mulher foi, e continuará a ser, o nascimento dos meus filhos. Poderia dizer que o nascimento da Clara, a minha quarta co-criação foi mais uma forma de compreensão dos processos inerentes ao que significa VIVER e a metáfora da Fénix, após um quarto parto e pós-parto, nunca fez tanto sentido para mim, como naquela altura. Através da Maternidade, renasci enquanto mulher, num profundo processo de redescoberta de quem eu Era e de quem Eu Sou.

Enquanto profissional de Psicologia acredito no Ser Humano, na sua capacidade de mudança e crescimento pessoal, por isso a minha visão é Humanista. Considero que o Ser Humano possui em si a força de autorrealização e, dessa forma, não consigo conceber uma visão que não seja positiva sobre o Homem.

Acredito que no seu interior reside a força e o potencial necessário para a mudança. Esta mudança ocorre no fluir das horas, dos meses e dos anos. Em altos e baixos, em avanço e recuos, quase que numa dança invisível.

​“Percebo que se fosse estável, prudente e estático, viveria na morte. Portanto, aceito a confusão, a incerteza, o medo e os altos e baixos emocionais, porque esse é o preço que estou disposto a pagar por uma vida fluida, rica e excitante.“ – Carl Rogers.